Natal vira capital do camarão e atrai atenção para a retomada do crescimento do setor


“Vamos unir esforços, celebrar parcerias e transformar as potencialidades em oportunidades reais de negócios. Reafirmo minha profissão de fé no futuro do setor aquícola brasileiro”. Com essa declaração, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, Itamar Rocha, abriu oficialmente a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), com a presença de dois mil participantes. Após vários anos, o Rio Grande do Norte volta a ser a capital nacional do camarão sediando o mais importante evento do segmento, que continua com palestras e feira de negócios até sábado (18).
“O Rio Grande do Norte recebe de volta a FENACAM com muita honra. Este é o renascer da atividade. O camarão une nós nordestinos como irmãos”, declarou Orígenes Monte, presidente da ANCC – Associação Norte-riograndense de Criadores de Camarão.
“Faço um apelo para que o setor público e o privado caminhem juntos pelo crescimento do país. O Brasil precisa voltar a crescer e já começou a dar os primeiros sinais. A gente sente a economia avançando e o setor também. estamos investindo. Tiro pela nossa empresa. Em 2018 voltaremos a exportar. O Brasil não consumirá o que produz em 2019”, prevê o empresário e presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão – ACCC, Cristiano Maia.
Apesar de reforçar sua crença no setor, o presidente da ABCC Itamar Rocha fez duras críticas ao que chama de “equívocos da política brasileira na produção de camarão e aquicultura”. Ele alerta que o país apresenta desempenho pífio e vem perdendo espaço para países como Equador e Vietnã, que mesmo com condições adversas produzem e exportam muito mais do que o Brasil “Precisamos de gente que enfrente a esquerda ambientalista que vive de criar dificuldade para micros, pequenos e médios produtores”, denunciou Itamar.
Maiores empresas e especialistas do setor aquecem mercado nacional
A FENACAM 2017 promove debates sobre oportunidades e ideias para destravar desenvolvimento do setor carcinicultor e aquícola. O evento reúne maiores empresas e especialistas e serve de termômetro para apontar uma reação positiva do mercado. Em pauta, temas como desafios para conviver e continuar produzindo na presença da “mancha branca”; oportunidades do mercado interno e perspectivas das exportações, inclusive para o mercado norteamericano, com recente saída do camarão brasileiro da ação antidumping; avanços tecnológicos dos cultivos intensivos com estufa agrícola para aumento da temperatura e controle da mancha branca; melhoramento genético, entre outros.
Aproximadamente dois mil congressistas e três mil visitantes da Feira de Aquicultura deverão passar diariamente pelo evento, que na 14ª edição e ocorre no período de 15 a 18 de novembro, no Centro de Convenções de Natal. No total, serão cinco mil participantes dos vários eventos que estarão acontecendo simultaneamente: o XIV Simpósio Internacional de Carcinicultura, o XI Simpósio Internacional de Aquicultura, o XIV Festival Gastronômico de Frutos do Mar e a XIV Feira Internacional de Serviços e Produtos Para Aquicultura.
De 16 a 18 acontecerá a programação técnica, sempre das 8h30 às 13h, e a comercial, das 14h às 22h. O XIV Simpósio Internacional de Carcinicultura contará com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, com tradução simultânea em inglês e espanhol. Serão 58 palestras, de 14 países e 250 trabalhos técnico-científicos, que irão mostrar os avanços na área.
A XIV Feira Internacional de Serviços e Produtos Para Aquicultura contará com 90 empresas expositoras nesta edição e tem expectativa de movimentar R$ 100 milhões. Além disso, o Festival Gastronômico de Frutos do Mar, com pratos à base de camarões e tilápias, funcionará das 12h às 15h, da quinta ao sábado. Para este ano a novidade ficará por conta dos Food Trucks que funcionarão das 16h às 23h, no Pavilhão das Dunas.

Portal N10

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